Hoje lendo alguns artigos no site do Guia do Bebê e no site da Revista Crescer encontrei dois artigos super interessantes sobre mitos da gravidez.
Esclareci algumas dúvidas e fiquei rindo sozinha ehehehe, lembrando de alguns fatos hilários que aconteceram na minha gravidez por causa desses mitos e crendices. Acredito que toda grávida passa por isso e deve ter uma história engraçada pra contar. Sempre tem alguém que conta uma boa história ou que tem uma receitinha pra saber o sexo do bebê ahaha!. Algumas coincidências acontecem o que acaba validando as lendas contadas e dando asas a imaginação do povo!! Aiaiai só pra dar boas risadas mesmo!!
Seguem os dois artigos...
Artigo do site Guia do Bebê
Alguns mitos da gravidez
Existem muitas histórias que giram em torno da gravidez. São tantos contos e
lendas que a mamãe fica sem saber se acredita ou não. Até porque as vezes as
informações são verdadeiras Mas têm outras que são mentirosas e que passam
de geração para geração sem saber onde tudo e por que começou.
Aqui vamos desmistificar algumas histórias que as vovós, titias e vizinhas ainda
acham que são verdadeiras e deixam a cabeça da futura mamãe confusa.
O sexo pode prejudicar o bebê – O sexo só será proibido se o médico
encontrar alguma alteração com a gestação (como deslocamento de placenta e
pressão alta). Se não tiver problema algum com a gestante e o bebê, o sexo
está mais do que liberado. Não machuca o bebê, já que está envolvido pela
placenta. E além de aumentar o fluxo sanguíneo na área da bacia aumentando a
oxigenação fetal, as endorfinas produzidas no orgasmo trazem a sensação de
bem-estar no bebê.
Ficar em jejum para diminuir o enjoo – Isso não é verdade! Pelo contrário, a
mulher deve comer mais vezes e em menos quantidade se quiser diminuir a
sensação de enjoo.
Se a grávida soprar a nuca do marido quando este está dormindo, passa os
enjoos para ele – Enjoos são causados pelos inúmeros hormônios que a mulher
têm no seu organismo durante a gravidez e isso NÃO melhora apenas com um
sopro na nuca do marido.
A mulher deve comer por dois – Mais um engano. A mulher deve aumentar
somente 300 calorias por dia para que tenha uma gravidez saudável sem um
grande aumento de peso. Essa quantidade já é suficiente para que o bebê se
desenvolva de forma satisfatória. A mulher deve comer mais qualidade e
saudavelmente.
Barriga redonda indica menina e pontuda menino – A forma da barriga NÃO tem
relação com o sexo do bebê. A barriga se desenvolve dependendo da
conformação física da mamãe.
Exercícios físicos durante a gravidez fazem mal – Não podemos realizar as
mesmas atividades físicas de antes da gravidez, mas exercícios
supervisionados por um profissional especializado são mais do que
recomendados. Hidroginástica e caminhada são exercícios de baixo impacto que
podem ser realizados pela futura mamãe.
Se a grávida tem muita azia, é porque o bebê vai ser cabeludo – O que vai
definir se seu filho vai ser ou não cabeludo não é a azia e, sim, a
genética. A azia aparece porque o útero pressiona o estômago, causando um
refluxo do ácido do estômago.
Se os desejos da grávida não forem satisfeitos o bebê pode nascer com algum
sinal – Os desejos são originados normalmente devido à necessidades do
organismo da grávida, como falta de alguma vitamina. Mas se a mamãe não
comer a jaca que deseja seu filho não vai nascer nem com cara nem com algum
sinal lembrando a jaca.
Grávidas devem fazer sauna ou permanecer em banheiras com água quente por
muito tempo – Mentira. Mamães grávidas NÃO podem ficar em banheiras e saunas
por muito tempo. O calor estimula a vasodilatação dos vasos, podendo levar a
uma hipotensão arterial. E isso prejudica o transporte sanguíneo para o
feto.
Bruno Rodrigues
Artigo do site da Revista Crescer
Artigo do site da Revista Crescer
O que é verdade e o que é boato durante a gravidez?
Durante a gestação, você ouve dezenas de crendices, das
inofensivas às assustadoras. Há quem garanta que, se sua barriga
estiver arredondada, terá uma menina, e também os que acreditam no poder
da cerveja preta para assegurar uma boa amamentação. Descubra o (pouco)
que é verdade e o que não passa de lenda
Por Deborah Bresser. Colaborou Bruna Menegueço
Pense
rápido e mostre a mão. Se você apresentar o dorso, terá uma menina.
Caso tenha virado a palma, seu bebê será um garotão. “Mecanismos” para
desvendar o sexo da criança estão entre as crendices inofensivas que
cercam a gestação, algumas relacionadas às características da criança,
outras à pele, algumas até ao parto. Mas grávida que é grávida já deve
ter se deparado com os palpites mais assustadores, como os que
recomendam que gestantes não usem corrente no pescoço... É – não pode
nem um mísero colarzinho – corre a lenda, sob o risco de o bebê nascer
com o cordão umbilical enrolado.
Crendices e superstições
existem há muito tempo. Ao Brasil, chegaram com os portugueses, ganharam
reforço das crenças indígenas e, mais tarde, da cultura dos escravos e
das levas de imigrantes. O medo e a dúvida estão na base do nascimento
desses pensamentos, que tentam explicar o incompreensível. Para o
folclore, crendice é a fé em coisas que a lógica não explica. A
superstição é igual, mas envolve o medo de consequências.Transmitidas de
geração em geração, ignoram o progresso e, no caso daquelas
relacionadas à gestação, contam com as incertezas e dúvidas naturais do
período.
Mas será que nada do que dizem é verdade? Nem
que comer canjica deixa o leite forte? Ou que chocolate faz o bebê
mexer? Para saber o que é fato ou boato, fomos atrás de especialistas
que explicam essas histórias.
Meu filho pode ter cara de morango?
Falso
A maioria das crendices acerca das gestantes envolve os desejos que
elas costumam manifestar, que, segundo a lenda, se não forem atendidos, a
criança nascerá com alguma marca na pele. Se a grávida não comer uma
fruta que tiver vontade, por exemplo, a mancha na pele do bebê será da
cor desse fruto.
Tudo mentira! Não há relação entre
desejos e lesões na pele do bebê. Nenhum alimento interfere nas
características da pele nem das feições das crianças. O que acontece na
gravidez são as alterações de gosto, de cheiro e de preferência
alimentar. Desejo de grávida não é capricho. A partir da 12ª semana de
gestação, o controle dos hormônios deixa de ser feito pelos ovários e
passa para a placenta, e as características do estrogênio, por exemplo,
mudam. Isso leva à oscilação de humor. Antes disso, muitas mulheres
sentem vontade de comer alimentos ácidos. É uma defesa do organismo
contra os enjoos.
Outra crença relacionada às marcas na
pele é a de que, se a grávida colocar uma flor ou folha no seio, a
criança nascerá com um sinal semelhante. Bobagem! Dizem, ainda, que o
risco escuro no meio da barriga da gestante indica que ela terá uma
criança morena. Mais um mito. O risco escuro está presente na maioria
das gestantes e é chamado de linha alba quando não está pigmentado e de
linha nigrans quando está mais visível. Ter ou não a linha não traz
nenhum benefício ou prejuízo ao bebê ou à mãe.
Barriga pontuda é sinal de menino?
Falso
Menino ou menina? Está aí um palpite com pelo menos 50% de chance de
dar certo, seja qual for a crendice da comadre. Pode ser observar o
formato da barriga (redonda é menina, pontuda é menino), girar uma linha
ou correntinha sobre a mão da grávida (se rodar é menina, se ficar um
pêndulo, menino) ou pedir para mostrar a mão (dorso é menina, palma é
menino). Nada, porém, tem fundamento científico, nem mesmo o formato da
barriga, que é definido por duas situações: a posição em que o bebê está
no útero e a prensa abdominal da paciente. Dependendo da musculatura de
cada mulher, a barriga vai cair mais ou menos, ficar mais pontuda ou
mais arredondada.
Assim, ditar o sexo do bebê, em qualquer
desses casos, não passa de adivinhação. É tudo chute. Só o ultrassom,
por volta da 20a semana, pode indicar se é menino ou menina. Para os
mais curiosos, o exame de dosagem sanguínea, chamado sexagem fetal,
indica o sexo da criança já entre a 8ª e a 9ª semana. Apesar de ser pura
especulação, dá para se divertir bastante com as “previsões” da família
e dos amigos. Aproveite!
Chocolate faz o bebê mexer?
Verdadeiro
Enjoo, azia e refluxo de grávida teriam uma explicação muito simples
pela “sabedoria” popular: o mal-estar indica que o bebê tem muito
cabelo. Os mitos que envolvem o estado das gestantes e a alimentação
reúnem outras pérolas, como a de que é preciso comer canjica, para o
leite ficar forte, ou chocolate, para o bebê mexer. Este último até faz
sentido, mas não é saudável. A nutricionista Cíntia Perine explica que,
quando o bebê recebe uma carga alta de açúcar, fica agitado. O excesso
da substância, porém, leva embora vitaminas do complexo B, fundamentais
para a formação de neurotransmissores, e ainda pode causar problemas de
saúde, para a mãe e para o bebê, como diabetes e excesso de peso.
As
outras crendices ligadas à alimentação não passam de... crendices. Ter
azia na gravidez não é garantia de bebê cabeludo. A azia e o refluxo, na
maioria das vezes, ocorrem porque aumenta a pressão dentro do abdome e
há um relaxamento da musculatura, que faz a transição para o estômago.
Também é bobagem achar que canjica, cerveja preta ou outro alimento
aumentam a quantidade de leite. Não há nada comprovado. O que se sabe,
de fato, é que, quanto mais a mulher amamentar, mais leite terá. Boa
alimentação, ingestão de muito líquido e a posição certa na hora de
amamentar também ajudam. E só.
Cabelo de grávida é mais brilhante?
Verdadeiro
Toda mulher sabe que seu corpo vai mudar durante a gestação, mas será
que é verdade que o cabelo fica mais bonito, que o pé aumenta, que os
dentes se tornam mais frágeis? É, esses mitos podem sim se tornar
realidade. Por causa da alteração dos hormônios (sempre eles...), os
cabelos se tornam mais brilhantes durante a gravidez. Se a alimentação
da mulher for equilibrada, eles podem ficar ainda mais vistosos e
volumosos. Aproveite! Até porque eles tendem a cair após o parto.
A
saúde bucal também sofre mudanças. Com o aumento da vascularização, a
gengiva da gestante fica muito mais sensível, sujeita a sangramentos e
gengivite. Para evitá-la, use escova infantil e visite o dentista
regularmente. Já o mito do “pé grande” é mais ou menos verdade. Nenhum
pé cresce na gravidez, mas ele pode aumentar de tamanho por causa do
inchaço, causado pela retenção de líquidos, comum a partir do 7o mês, e
até pelo excesso de peso. Por causa do conforto, algumas mulheres passam
a usar um número de sapato maior e continuam vestindo a mesma numeração
após o parto. Até porque a rotina cheia de novidades pede pés sem
bolhas nem calos!
Raspar o fundo da panela prejudica o parto?
Falso
Quanto mais misterioso o fenômeno natural, mais superstições. Se até
hoje o parto é o maior causador de dúvidas entre as grávidas, imagine
como era entre as sociedades ancestrais. O resultado é uma enxurrada de
crenças em torno do nascimento, algumas inofensivas, como acreditar que a
lua muda a data do parto (nenhuma pesquisa confirma, mas os obstetras
garantem ter mais trabalho nessas datas...), e outras escabrosas. Dizem
que, se a grávida raspar o fundo da panela, terá dificuldade no parto.
Dizem ainda que, se pisar em espinha de peixe, pode não expulsar a
placenta. Caso passe por uma cerca de arame farpado, a criança ficará
atravessada.Tudo crendice.
Um bom parto depende da
qualidade da equipe médica e do tamanho do bebê. Na maioria deles, a
primeira parte do bebê que sai é a cabeça. Em 5%, a criança pode estar
em posição diferente, sentada ou atravessada, o que costuma impedir o
parto natural. A cerca de arame farpado, com toda a certeza, não tem
nada a ver com isso.
Já a placenta se acopla à primeira
camada do útero, na região do endométrio. Se estiver inserida de forma
anormal, pode haver dificuldade de expulsão. Quanto ao cordão umbilical,
existe a possibilidade de ele se enganchar ou ficar enrolado ao
pescoço. A situação não impede o parto normal, porque, normalmente, o
cordão está frouxo. A indicação de cesárea só ocorre quando o cordão é
curto e há uma tração que leva à diminuição do fluxo de sangue, podendo
ocasionar sofrimento ao bebê. Ah... o colar da mãe não tem culpa nenhuma
disso.
Dormir de bruços causa pé chato?
Falso
O maior desejo de quem está carregando um filho na barriga é o de que
ele nasça com saúde. Povoa os pesadelos da grávida imaginar que seu bebê
possa ter alguma deficiência e, de novo, quanto maior o medo, mais
crendices inspira. Algumas são mesmo de perder o sono. Dizem que grávida
não deve olhar para pessoas com problemas físicos ou mesmo para fotos
delas. Se olharem, o filho nascerá igual. Também não devem encarar um
coelho ou uma lebre, senão o filho pode nascer com orelhas grandes ou
com lábio leporino. E, se a grávida dormir de bruços, a criança terá pé
chato. Dormir de bruços? E grávida lá consegue dormir de bruços?
Independentemente
da posição na hora do sono, muitas crianças nascem com o pé considerado
chato. É comum. Até os 4 anos, normaliza. E, caso isso não aconteça, só
lá pelos 7, 8 anos é preciso procurar um ortopedista. Já o lábio
leporino é uma malformação congênita. E não há nada que um inofensivo
coelho possa fazer a respeito!
Assim, não ligue para essas
lendas. A única forma de garantir uma gravidez saudável, sem estresse
desnecessário causado pelos palpites alheios, é fazer um pré-natal
correto, manter uma alimentação equilibrada e encarar as crendices com
bom humor. Elas fazem parte dos nove meses e você vai dar muitas risadas
ao se lembrar de tudo depois.
Fontes:
Jozian Quental Mendes, dermatologista; Edilson Ogeda, diretor da
maternidade do Hospital Samaritano (SP); Altamiro Ribeiro Dias Jr.,
ginecologista do Hospital Sírio-Libanês (SP); Dario Romano, ortopedista
do Hospital Samaritano (SP); Cíntia Perine, nutricionista; Alexandre
Pupo Nogueira, obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP); Márcia Maria da
Costa, obstetra e ginecologista da maternidade São Luiz (SP)
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