segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Mitos da gravidez

Hoje lendo alguns artigos no site do Guia do Bebê e no site da Revista Crescer encontrei dois artigos super interessantes sobre mitos da gravidez.

Esclareci algumas  dúvidas e fiquei rindo sozinha ehehehe, lembrando de alguns fatos hilários que aconteceram na minha gravidez por causa desses mitos e crendices. Acredito que toda grávida passa por isso e deve ter uma  história engraçada pra contar. Sempre tem alguém que conta uma boa história ou que tem uma receitinha pra saber o sexo do bebê ahaha!. Algumas coincidências  acontecem o que acaba validando as lendas contadas e dando asas a imaginação do povo!! Aiaiai só pra dar boas risadas mesmo!! 

Seguem os dois artigos... 

 

Artigo do site Guia do Bebê

Alguns mitos da gravidez

Existem muitas histórias que giram em torno da gravidez. São tantos contos e lendas que a mamãe fica sem saber se acredita ou não. Até porque as vezes as informações são verdadeiras Mas têm outras que são mentirosas e que passam de geração para geração sem saber onde tudo e por que começou.
Aqui vamos desmistificar algumas histórias que as vovós, titias e vizinhas ainda acham que são verdadeiras e deixam a cabeça da futura mamãe confusa.
O sexo pode prejudicar o bebê – O sexo só será proibido se o médico encontrar alguma alteração com a gestação (como deslocamento de placenta e pressão alta). Se não tiver problema algum com a gestante e o bebê, o sexo está mais do que liberado. Não machuca o bebê, já que está envolvido pela placenta. E além de aumentar o fluxo sanguíneo na área da bacia aumentando a oxigenação fetal, as endorfinas produzidas no orgasmo trazem a sensação de bem-estar no bebê.
Ficar em jejum para diminuir o enjoo – Isso não é verdade! Pelo contrário, a mulher deve comer mais vezes e em menos quantidade se quiser diminuir a sensação de enjoo.
Se a grávida soprar a nuca do marido quando este está dormindo, passa os enjoos para ele – Enjoos são causados pelos inúmeros hormônios que a mulher têm no seu organismo durante a gravidez e isso NÃO melhora apenas com um sopro na nuca do marido.
A mulher deve comer por dois – Mais um engano. A mulher deve aumentar somente 300 calorias por dia para que tenha uma gravidez saudável sem um grande aumento de peso. Essa quantidade já é suficiente para que o bebê se desenvolva de forma satisfatória. A mulher deve comer mais qualidade e saudavelmente.
Barriga redonda indica menina e pontuda menino – A forma da barriga NÃO tem relação com o sexo do bebê. A barriga se desenvolve dependendo da conformação física da mamãe.
Exercícios físicos durante a gravidez fazem mal – Não podemos realizar as mesmas atividades físicas de antes da gravidez, mas exercícios supervisionados por um profissional especializado são mais do que recomendados. Hidroginástica e caminhada são exercícios de baixo impacto que podem ser realizados pela futura mamãe.
Se a grávida tem muita azia, é porque o bebê vai ser cabeludo – O que vai definir se seu filho vai ser ou não cabeludo não é a azia e, sim, a genética. A azia aparece porque o útero pressiona o estômago, causando um refluxo do ácido do estômago.
Se os desejos da grávida não forem satisfeitos o bebê pode nascer com algum sinal – Os desejos são originados normalmente devido à necessidades do organismo da grávida, como falta de alguma vitamina. Mas se a mamãe não comer a jaca que deseja seu filho não vai nascer nem com cara nem com algum sinal lembrando a jaca.
Grávidas devem fazer sauna ou permanecer em banheiras com água quente por muito tempo – Mentira. Mamães grávidas NÃO podem ficar em banheiras e saunas por muito tempo. O calor estimula a vasodilatação dos vasos, podendo levar a uma hipotensão arterial. E isso prejudica o transporte sanguíneo para o feto.
Bruno Rodrigues


Artigo do site da Revista Crescer

O que é verdade e o que é boato durante a gravidez?

Durante a gestação, você ouve dezenas de crendices, das inofensivas às assustadoras. Há quem garanta que, se sua barriga estiver arredondada, terá uma menina, e também os que acreditam no poder da cerveja preta para assegurar uma boa amamentação. Descubra o (pouco) que é verdade e o que não passa de lenda


Por Deborah Bresser. Colaborou Bruna Menegueço


Shutterstock
Pense rápido e mostre a mão. Se você apresentar o dorso, terá uma menina. Caso tenha virado a palma, seu bebê será um garotão. “Mecanismos” para desvendar o sexo da criança estão entre as crendices inofensivas que cercam a gestação, algumas relacionadas às características da criança, outras à pele, algumas até ao parto. Mas grávida que é grávida já deve ter se deparado com os palpites mais assustadores, como os que recomendam que gestantes não usem corrente no pescoço... É – não pode nem um mísero colarzinho – corre a lenda, sob o risco de o bebê nascer com o cordão umbilical enrolado.
Crendices e superstições existem há muito tempo. Ao Brasil, chegaram com os portugueses, ganharam reforço das crenças indígenas e, mais tarde, da cultura dos escravos e das levas de imigrantes. O medo e a dúvida estão na base do nascimento desses pensamentos, que tentam explicar o incompreensível. Para o folclore, crendice é a fé em coisas que a lógica não explica. A superstição é igual, mas envolve o medo de consequências.Transmitidas de geração em geração, ignoram o progresso e, no caso daquelas relacionadas à gestação, contam com as incertezas e dúvidas naturais do período.
Mas será que nada do que dizem é verdade? Nem que comer canjica deixa o leite forte? Ou que chocolate faz o bebê mexer? Para saber o que é fato ou boato, fomos atrás de especialistas que explicam essas histórias.
Meu filho pode ter cara de morango?
Falso A maioria das crendices acerca das gestantes envolve os desejos que elas costumam manifestar, que, segundo a lenda, se não forem atendidos, a criança nascerá com alguma marca na pele. Se a grávida não comer uma fruta que tiver vontade, por exemplo, a mancha na pele do bebê será da cor desse fruto.
Tudo mentira! Não há relação entre desejos e lesões na pele do bebê. Nenhum alimento interfere nas características da pele nem das feições das crianças. O que acontece na gravidez são as alterações de gosto, de cheiro e de preferência alimentar. Desejo de grávida não é capricho. A partir da 12ª semana de gestação, o controle dos hormônios deixa de ser feito pelos ovários e passa para a placenta, e as características do estrogênio, por exemplo, mudam. Isso leva à oscilação de humor. Antes disso, muitas mulheres sentem vontade de comer alimentos ácidos. É uma defesa do organismo contra os enjoos.
Outra crença relacionada às marcas na pele é a de que, se a grávida colocar uma flor ou folha no seio, a criança nascerá com um sinal semelhante. Bobagem! Dizem, ainda, que o risco escuro no meio da barriga da gestante indica que ela terá uma criança morena. Mais um mito. O risco escuro está presente na maioria das gestantes e é chamado de linha alba quando não está pigmentado e de linha nigrans quando está mais visível. Ter ou não a linha não traz nenhum benefício ou prejuízo ao bebê ou à mãe. 

Barriga pontuda é sinal de menino?
Falso Menino ou menina? Está aí um palpite com pelo menos 50% de chance de dar certo, seja qual for a crendice da comadre. Pode ser observar o formato da barriga (redonda é menina, pontuda é menino), girar uma linha ou correntinha sobre a mão da grávida (se rodar é menina, se ficar um pêndulo, menino) ou pedir para mostrar a mão (dorso é menina, palma é menino). Nada, porém, tem fundamento científico, nem mesmo o formato da barriga, que é definido por duas situações: a posição em que o bebê está no útero e a prensa abdominal da paciente. Dependendo da musculatura de cada mulher, a barriga vai cair mais ou menos, ficar mais pontuda ou mais arredondada.
Assim, ditar o sexo do bebê, em qualquer desses casos, não passa de adivinhação. É tudo chute. Só o ultrassom, por volta da 20a semana, pode indicar se é menino ou menina. Para os mais curiosos, o exame de dosagem sanguínea, chamado sexagem fetal, indica o sexo da criança já entre a 8ª e a 9ª semana. Apesar de ser pura especulação, dá para se divertir bastante com as “previsões” da família e dos amigos. Aproveite!
Chocolate faz o bebê mexer?
Verdadeiro Enjoo, azia e refluxo de grávida teriam uma explicação muito simples pela “sabedoria” popular: o mal-estar indica que o bebê tem muito cabelo. Os mitos que envolvem o estado das gestantes e a alimentação reúnem outras pérolas, como a de que é preciso comer canjica, para o leite ficar forte, ou chocolate, para o bebê mexer. Este último até faz sentido, mas não é saudável. A nutricionista Cíntia Perine explica que, quando o bebê recebe uma carga alta de açúcar, fica agitado. O excesso da substância, porém, leva embora vitaminas do complexo B, fundamentais para a formação de neurotransmissores, e ainda pode causar problemas de saúde, para a mãe e para o bebê, como diabetes e excesso de peso.
As outras crendices ligadas à alimentação não passam de... crendices. Ter azia na gravidez não é garantia de bebê cabeludo. A azia e o refluxo, na maioria das vezes, ocorrem porque aumenta a pressão dentro do abdome e há um relaxamento da musculatura, que faz a transição para o estômago. Também é bobagem achar que canjica, cerveja preta ou outro alimento aumentam a quantidade de leite. Não há nada comprovado. O que se sabe, de fato, é que, quanto mais a mulher amamentar, mais leite terá. Boa alimentação, ingestão de muito líquido e a posição certa na hora de amamentar também ajudam. E só.
Cabelo de grávida é mais brilhante?
Verdadeiro Toda mulher sabe que seu corpo vai mudar durante a gestação, mas será que é verdade que o cabelo fica mais bonito, que o pé aumenta, que os dentes se tornam mais frágeis? É, esses mitos podem sim se tornar realidade. Por causa da alteração dos hormônios (sempre eles...), os cabelos se tornam mais brilhantes durante a gravidez. Se a alimentação da mulher for equilibrada, eles podem ficar ainda mais vistosos e volumosos. Aproveite! Até porque eles tendem a cair após o parto.
A saúde bucal também sofre mudanças. Com o aumento da vascularização, a gengiva da gestante fica muito mais sensível, sujeita a sangramentos e gengivite. Para evitá-la, use escova infantil e visite o dentista regularmente. Já o mito do “pé grande” é mais ou menos verdade. Nenhum pé cresce na gravidez, mas ele pode aumentar de tamanho por causa do inchaço, causado pela retenção de líquidos, comum a partir do 7o mês, e até pelo excesso de peso. Por causa do conforto, algumas mulheres passam a usar um número de sapato maior e continuam vestindo a mesma numeração após o parto. Até porque a rotina cheia de novidades pede pés sem bolhas nem calos! 

Raspar o fundo da panela prejudica o parto?
Falso Quanto mais misterioso o fenômeno natural, mais superstições. Se até hoje o parto é o maior causador de dúvidas entre as grávidas, imagine como era entre as sociedades ancestrais. O resultado é uma enxurrada de crenças em torno do nascimento, algumas inofensivas, como acreditar que a lua muda a data do parto (nenhuma pesquisa confirma, mas os obstetras garantem ter mais trabalho nessas datas...), e outras escabrosas. Dizem que, se a grávida raspar o fundo da panela, terá dificuldade no parto. Dizem ainda que, se pisar em espinha de peixe, pode não expulsar a placenta. Caso passe por uma cerca de arame farpado, a criança ficará atravessada.Tudo crendice.
Um bom parto depende da qualidade da equipe médica e do tamanho do bebê. Na maioria deles, a primeira parte do bebê que sai é a cabeça. Em 5%, a criança pode estar em posição diferente, sentada ou atravessada, o que costuma impedir o parto natural. A cerca de arame farpado, com toda a certeza, não tem nada a ver com isso.
Já a placenta se acopla à primeira camada do útero, na região do endométrio. Se estiver inserida de forma anormal, pode haver dificuldade de expulsão. Quanto ao cordão umbilical, existe a possibilidade de ele se enganchar ou ficar enrolado ao pescoço. A situação não impede o parto normal, porque, normalmente, o cordão está frouxo. A indicação de cesárea só ocorre quando o cordão é curto e há uma tração que leva à diminuição do fluxo de sangue, podendo ocasionar sofrimento ao bebê. Ah... o colar da mãe não tem culpa nenhuma disso.
Dormir de bruços causa pé chato?
Falso O maior desejo de quem está carregando um filho na barriga é o de que ele nasça com saúde. Povoa os pesadelos da grávida imaginar que seu bebê possa ter alguma deficiência e, de novo, quanto maior o medo, mais crendices inspira. Algumas são mesmo de perder o sono. Dizem que grávida não deve olhar para pessoas com problemas físicos ou mesmo para fotos delas. Se olharem, o filho nascerá igual. Também não devem encarar um coelho ou uma lebre, senão o filho pode nascer com orelhas grandes ou com lábio leporino. E, se a grávida dormir de bruços, a criança terá pé chato. Dormir de bruços? E grávida lá consegue dormir de bruços?
Independentemente da posição na hora do sono, muitas crianças nascem com o pé considerado chato. É comum. Até os 4 anos, normaliza. E, caso isso não aconteça, só lá pelos 7, 8 anos é preciso procurar um ortopedista. Já o lábio leporino é uma malformação congênita. E não há nada que um inofensivo coelho possa fazer a respeito!
Assim, não ligue para essas lendas. A única forma de garantir uma gravidez saudável, sem estresse desnecessário causado pelos palpites alheios, é fazer um pré-natal correto, manter uma alimentação equilibrada e encarar as crendices com bom humor. Elas fazem parte dos nove meses e você vai dar muitas risadas ao se lembrar de tudo depois.
Fontes: Jozian Quental Mendes, dermatologista; Edilson Ogeda, diretor da maternidade do Hospital Samaritano (SP); Altamiro Ribeiro Dias Jr., ginecologista do Hospital Sírio-Libanês (SP); Dario Romano, ortopedista do Hospital Samaritano (SP); Cíntia Perine, nutricionista; Alexandre Pupo Nogueira, obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP); Márcia Maria da Costa, obstetra e ginecologista da maternidade São Luiz (SP)



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